Você sabia? Emoji nasceu de tragédia e enriqueceu fundador
Isso não é exatamente o que você espera ouvir de um milionário do mundo da tecnologia.
É ainda mais estranho quando você percebe que a pessoa dizendo isso, Chad Mureta, é um milionário da tecnologia típico.
Mureta construiu sua fortuna fazendo apps. Suas invenções incluem o Emoji (que ajuda usuários a mandar mensagens com uma grande variedade de imagens) e o Fingerprint Scanner Pro, um aplicativo de segurança que já foi baixado mais de 50 milhões de vezes.
Sua empresa, a App Empire, tem uma receita anual entre US$ 3 milhões e US$ 5 milhões.
Mas, em outros quesitos, ele não é mesmo um empreendedor de tecnologia típico: precisou estar perto da morte para encontrar seu caminho.
Em 2009, depois de um jogo de basquete, ele dirigia seu carro de volta para casa. As coisas não estavam dando certo: ele vendia coisas no eBay, também negociava ações e dirigia uma boate. Ele também trabalhava como corretor. E estava profundamente infeliz, sem saber o que fazer com a sua vida.
Na estrada, um cervo cruzou seu caminho. Ele desviou seu carro do animal e acabou se chocando contra um muro. O veículo capotou quatro vezes antes de parar.
O braço esquerdo de Chad ficou em pedaços. No hospital, os médicos quase o amputaram.
Suicida
Passou seis meses em um hospital e outros seis meses em processo de reabilitação, com uma dívida hospitalar de nada menos do que US$ 100 mil.
“Eu estava no fundo do poço. Muito deprimido, não conseguia dormir, tomava toneladas de remédio – e, na verdade, estava em estado suicida. Sentia tanta dor que achava que não podia mais continuar.”
O que aconteceu em seguida foi algo que roteiristas de Hollywood sofreriam para fazer parecer crível. Mas Chad jura que é verdade.
Uma das únicas coisas que sobreviveram relativamente intacta de seu acidente foi seu smartphone, que era novinho à época e continuou ligado, com 12% de bateria.
Na cama do hospital, ele viu os médicos mexendo em seu celular e ficou pensando em como seria bom se houvesse uma maneira de aumentar a segurança do aparelho.
Mas ele ainda estava sob forte medicação, e a ideia escapou de sua mente.
Algum tempo depois, um amigo que o visitava lhe entregou uma reportagem de revista sobre apps. Era o início da era da invenção de aplicativos, quando programadores estavam mudando o mundo da sala de suas casas.
“Eu tive um daqueles momentos em que a ficha cai e você pensa ‘meu Deus, eu vou fazer isso’”, conta Chad. “Eu estava lá, preso a tubos de soro e morfina, quando eu me dei conta de que podia ver um futuro – e pude enxergar um destino diferente para mim.”
“Nunca vou esquecer da emoção daquele momento. Não consigo descrevê-la em palavras. Foi um momento revelador: aqui está a resposta, e você será um bobo se não se focar nela.”
É claro que a prática foi mais difícil do que a teoria. Na época, ainda não havia tantos recursos para a criação de aplicativos, e Chad não sabia programar.
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